sábado, 5 de março de 2011

Adolescência - Rito de Passagem - 1995

Em 1995, a empresa que meu pai trabalhava o transferiu de cidade. De repente me vi sem amigos, sem minhas primas e primos, sem minhas tias e tios, sem meus avós, sem os colegas de rua, sem os da escola.

Aos 13 anos, a mais de 3 mil Km de distância da minha cidade Natal estávamos eu, meus irmãos e meus pais na fria Curitiba.

A cidade era encantadora, mas os primeiros meses desesperadores. Meus pais não nos deixavam colocar o nariz para fora de casa. A ida e vinda do colégio era supervisionada pela minha mãe. Nós fomos morar em um bairro bem distante do centro da cidade, onde eu estudava.

O segundo grau era especial e totalmente voltado para o vestibular que ocorreria dali a 3 anos. Nesse período, entre 13 e 16 anos, a minha história não foi nada emocionante. As amizades que fiz se diluíram no tempo. Aos 16 anos terminei o ensino médio e fiz meu primeiro vestibular. Não estava preparada e não passei. Em 1998, fiz cursinho no mesmo colégio e ao final do ano passei em duas Universidades: Relações Públicas na UNESP e Letras - Português na UFPR.


Não ter ido cursar UNESP foi uma das primeiras grandes decepções da minha vida. Muito mais que não ter passado no primeiro vestibular, maior que ter vindo transferida com meus pais para uma cidade distante e estranha.

Infinitamente menor que querer ser mãe e não poder.

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